Evento

Feira Holos estreia no Parque da Baronesa

Proposta ocorrerá, até o final do ano, sempre no segundo final de semana de cada mês

O domingo e sol com algumas nuvens no céu e temperatura amena foi propício para a estreia do Feira Holos no parque da Baronesa. A partir deste domingo a atração, que reuniu cerca de 90 expositores dos mais diferentes segmentos da arte, artesanato e gastronomia, estará fixa na programação do local com realizações sempre no segundo final de semana do mês. O evento, que conta com o apoio da Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA), foi encerrado às 17h30min.

Organizada pelas artesãs Simone Carvalho, 51, e Ângela Magalhães, 38, a Holos teve início em janeiro deste ano, no Laranjal, em um local privado, e chega agora a quinta edição em nova localização. "Começamos muito despretensiosamente, aí a gente viu que muitas pessoas começaram a procurar, acho até que por conta da pandemia muitos se descobriram fazendo artesanato", comenta Ângela.

Atualmente a Holos tem 94 expositores cadastrados, mas nem todos conseguiram participar desta edição do evento. Desta vez, além dos artesãos, a feira também contou com a presença de expositores do Mercado das Pulgas e da feira de suculentas, organizados pela prefeitura. Desta forma as bancas ocuparam os passeios das duas entradas do parque e toda a lateral do Museu.

Além dos mais diversos produtos artesanais, a feira contou com atrações gastronômicas e ao longo do dia, estavam previstas participações, como dos músicos DJ Cabeleira e Myro Rizoma, do artista plástico Madu Lopes, dos instrutores de Tai Chi Chuan da Escola do Ser e do mestre Jarrão com roda de capoeira. Durante o evento também houve distribuição gratuita de erva-mate.


Crescimento rápido

Felizes com o rumo que a Holos está tomando, as realizadoras contaram que tiveram de dar uma parada no crescimento da feira. "A Feira poderia ser muito maior, mas chegou num ponto que vimos que não dava para colocar muita gente, a gente precisa chegar em outro ponto da Feira, resolver outras coisas", explica Ângela.

O nome Holos, segundo a artesã, significa inteiro, o todo, indo ao encontro do desejo das organizadoras quando elas idealizaram a proposta. "A gente queria levar todo mundo. Que todos pudessem participar e é o que estamos vendo a cada edição. Aqui tem de tudo um pouco. Hoje eu pego a lista de segmentos penso o que falta na feira?", diz.

Ângela, por exemplo, trabalha com sustentabilidade reaproveitando tecidos, em especial o jeans transformando retalhos em bolsas, entre outros produtos. "Todos os meus produtos têm essa pegada sustentável." Simone também utiliza o reaproveitamento de madeiras para a sua arte.

A amizade das duas surgiu em feiras realizadas antes da pandemia e nos últimos dois anos cresceu nelas o desejo de retomar essas atividades e abrir espaço para outros. "Antes mesmo de criar a Holos eu sonhava em ver algo semelhante ao brick da Redenção (feira porto-alegrense) aqui a na Baronesa. Agora está se realizando", conta Simone.


Trabalho reconhecido

A artesã Sandra Pfeil, 46, é só elogios à iniciativa de Simone e Ângela. "Elas fazem um trabalho incrível e só tenho a agradecer a elas pela dedicação e por pensar nos artesões", fala.

Sandra que é advogada por formação viu o seu plano de negócios mudar radicalmente há dois anos, por causa da pandemia. Sem trabalho ela resolveu apostar nas técnicas artesanais do tricô e do crochê que ela dominava desde mais jovem. Atualmente ela tem um loja na antiga garagem da casa onde mora, a Balaio de Fios, nas Três Vendas. É neste local que comercializa produtos para o artesanato, dá cursos e vende seus produtos. As feiras vieram para aumentar ainda mais o círculo de relações e clientes.

Desde a primeira edição, Sandra apostou na Holos como uma forma de divulgar o trabalho e incrementar as vendas. A artesã reclama que havia tentado uma vaga no Mercado das Pulgas, promovida pela prefeitura, mas foi informada que não havia espaço para tipo de produto que ela desenvolve. "Existem outras feiras, mas nem sempre o artesão tem R$200,00 ou mais para investir, aqui pagamos uma taxa de R$35,00, que é muito acessível", avalia.

Com trabalho em tecido e com doces, a dupla Anelize, 19, e Andréa Link da Silva, 47, mãe e filha, vê nas feiras a melhor forma de mostrar a marca e comercializar os produtos que desenvolvem. Anelize conta que elas participam de vários desses eventos porque sempre dá muito movimento. "Nós vendemos pela internet e também fazemos encomendas, mas nas feiras temos um retorno muito bom."

Artesã há dez anos, Beatriz Loeck, 51, estreou na Holos neste domingo. Com um trabalho em crochê variado, Beatriz está descobrindo nestes eventos um novo universo. "Faço por encomenda e coloco meus produtos nos salões da minha irmã e da minha vizinha. Agora comecei a fazer feiras, essa é a terceira vez e estou gostando muito do resultado", conta.

 

 

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Trecho na rua São Borja, no Laranjal, será pavimentado Anterior

Trecho na rua São Borja, no Laranjal, será pavimentado

Trabalho de prevenção à dengue apresenta bons resultados Próximo

Trabalho de prevenção à dengue apresenta bons resultados

Deixe seu comentário